Vamos conversar sobre fraturas na mão e punho? - Guilherme Ogawa

Vamos conversar sobre fraturas na mão e punho?

13 de janeiro de 2022 by Guilherme Ogawa0
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Na cirurgia da mão, as fraturas são uma causa comum de busca por atendimento tanto em consultório, quanto em pronto socorro. Então hoje vou explicar um pouco sobre as principais. Confira!

É importante entender que como cada mão é composta por 27 ossos, as fraturas podem ser variadas com graus de complexidade diferentes e consequentemente tratamentos diferentes.

O diagnóstico é feito pelo exame físico e pela história do trauma ou acidente.

Para identificar a fratura exata, a radiografia é solicitada após avaliação clínica. O cirurgião da mão irá avaliar quais foram as fraturas e grau de acometimento para definir o tratamento, podendo ser o realinhamento com imobilização ou cirurgia.

Fratura nos dedos

As fraturas nos dedos  acontecem em um osso chamado falange, que nos dedos longos são três e nos polegares duas.

Essas fraturas são mais comuns do que parecem, porque acidentes domésticos, trauma direto nas mãos ou uma torção podem resultar na fratura. 

Os motivos mais comuns são:

  • Prender o dedo em uma porta ou janela
  • Cair e apoiar o peso do corpo na mão, o que pode gerar fratura no dedo e também torção no punho
  • Acidentes com facas e serras
  • Lesões causadas em esportes com bola, como basquete ou vôlei

Para corrigir o osso, o médico avaliará o caso e pode sugerir:

  • Recolocar o osso no lugar correto manualmente em alguns casos
  • Uso de gesso e tala imobilizadora. O tempo geralmente varia de três a quatro semanas.
  • Cirurgia, para casos em que a fratura atinge também a articulação ou é muito fragmentada

Fratura do boxeador:

A fratura do boxeador é caracterizada pela fratura do colo do quinto metacarpo. De forma simplificada: é a fratura do osso do dedinho, bem na junção com a palma da mão.

Ela acontece quando existe o trauma da mão fechada em punho (como na posição de soco) contra uma superfície. 

Justamente por isso, atletas não costumam apresentar esse tipo de trauma, pois têm a técnica correta, além do uso de proteção como luvas.

O diagnóstico pode ser feito apenas na avaliação da fratura e pelo relato de como aconteceu, mas para sabermos a gravidade da lesão e se houve mais de uma fratura, solicitamos também a radiografia.  

Para o tratamento, temos duas opções: tratamento conservador, com imobilização com gesso ou órtese associado ou não a redução da fratura, que consiste em recolocar o osso no lugar, podendo ser com ou sem anestesia.

Cirurgia: Casos mais complexos precisam de tratamento cirúrgico, pela gravidade da fratura. No procedimento, usamos parafusos ou fios específicos de uso cirúrgico.

Após a cirurgia, indicamos a reabilitação com Terapia Ocupacional, para ganho de movimento e fortalecimento.

Fraturas da extremidade distal do rádio:

Aqui estamos falando especificamente das fraturas do punho. Fraturas da extremidade distal do rádio acontecem quando a área do rádio próxima ao punho se quebra e são muito comuns. Podem acontecer principalmente por quedas em acidentes e esportes, quando acontece um apoio na mão que leva à um impacto ou torção do punho. 

O paciente geralmente apresenta dor, dificuldade para mexer a mão e inchaço.

Como nessa região estão articulações bastante importantes, é preciso avaliar se houve fratura ou luxação das articulações. Por isso, a avaliação por imagem é fundamental, sendo feita inicialmente por radiografia, mas podendo também ser solicitada a tomografia e em casos de suspeitas de fraturas ocultas ou lesões ligamentares, a ressonância magnética. 

Assim como na fratura do boxeador, o tratamento vai depender do grau de acometimento, podendo ser conservador com imobilização ou cirúrgico para fixação com pinos ou placa e parafusos (se tiver curiosidade sobre o material veja o vídeo que gravei sobre as placas durante o Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão).

Fratura do escafóide:

O escafóide é um dos 8 ossos que compõem o punho e é responsável por até 60% das fraturas nesta região. 

A fratura provoca dor no punho, mas nem sempre causa inchaço, então o paciente pode demorar a buscar avaliação médica e consequentemente atrasar o tratamento, o que pode comprometer seus movimentos.

O tratamento também varia de acordo com a natureza da fratura, porém com o tratamento cirúrgico propor

Você já conhecia essas fraturas? Já sofreu alguma delas?

 

Dr. Guilherme Ogawa⠀⠀⠀⠀⠀
Cirurgião da Mão⠀
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Guilherme Ogawa

Nasci na cidade de Maringá e aos 15 anos me mudei para Londrina com o intuito de completar o ensino médio e me preparar para a faculdade de medicina. Tive o privilégio de me graduar pela Universidade Estadual de Londrina e concluir a especialização em Ortopedia, Cirurgia da Mão e Microcirurgia pela Santa Casa de São Paulo (Pavilhão Fernandinho Simonsen), um dos melhores serviços do país na área, referência nacional em Ortopedia.


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Sou médico (CRM/PR 29.657) formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Realizei duas residências médicas: uma destas em Ortopedia e Traumatologia (RQE 24606) e a seguinte em Cirurgia da Mão e Microcirurgia (RQE 24943), ambas realizadas pela Santa Casa de São Paulo.

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