A pele é o maior órgão do corpo humano. Sim, a pele é considerada um órgão pois desempenha múltiplas funções, como proteção de estruturas internas, regulação da temperatura, sensibilidade e mesmo funções especiais como a pele da palma da mão e planta dos pés.

Em algumas circunstâncias, advindas de acidentes ou queimaduras, perde-se uma área tão extensa de pele em que não é possível realizar o fechamento da ferida apenas com aproximação dos bordos das feridas e pontos na pele. Nessas ocasiões, o Cirurgião da Mão ou Plástico necessitam utilizar outros artifícios do seu arsenal de tratamento. Enxertos de pele são uma dessas possibilidades.

Esses enxertos podem ser retirados de algumas regiões do corpo. Se forem áreas pequenas, podem ser coletados da borda lateral da mão, da região inguinal (pneuzinhos) e do dorso. Se forem necessárias extensões maiores, geralmente são utilizados equipamentos especiais (dermátomo) e removidos das coxas ou pernas. Muitos fatores influenciam na escolha do tipo de enxerto, a área da lesão, sua localização, qual o tipo de pele, o resultado funcional e até mesmo o resultado estético.

Outra possibilidade, é o uso de retalhos de Pele; Músculo + Pele e até mesmo Ósseo + Músculo + Pele. Retalhos diferem de enxertos por terem uma nutrição sanguínea própria, advinda de um ramo (pedículo) já previamente conhecido pelo estudo da anatomia. São coberturas de pele muito mais versáteis podendo ser levadas a praticamente qualquer parte do corpo. Porém, são procedimentos mais complexos, que em sua maioria necessitam de técnicas microcirúrgicas.

Esses artifícios são bastante úteis tanto em cirurgias relacionados a acidentes e traumas como para reconstruções de sequelas prévias, sejam elas de queimaduras, retirada de tecidos cancerígenos ou outras lesões. Caso tenha alguma dúvida, procure um Cirurgião da Mão ou Plástico, profissionais geralmente habituados a esses procedimentos.