Quem me acompanha nas redes sociais desde o início já deve ter visto alguma publicação em que fala sobre DIEP. Como estamos no Outubro Rosa, acho fundamental mais uma vez trazer informações sobre essa técnica que pode ajudar tantas pacientes.
Quem me acompanha nas redes sociais desde o início já deve ter visto alguma publicação em que fala sobre DIEP. Como estamos no Outubro Rosa, acho fundamental mais uma vez trazer informações sobre essa técnica que pode ajudar tantas pacientes.
Há algum tempo eu compartilhei um conteúdo explicando o que são nervos. Para quem não leu ou não lembra, vou retomar alguns pontos importantes, já que hoje vamos falar sobre reparo de lesões nos nervos periféricos.
De forma resumida, um nervo é um conjunto de axônios (fibras), que são partes de neurônios responsáveis por transmitir os impulsos nervosos para outras células, causando então a motricidade (movimentos) ou a sensibilidade, ou seja, nossa capacidade de ter sensações, como dor.
Com o outubro rosa chegando, muito se fala sobre prevenção e tratamento para o câncer de mama e isso é ótimo. Mas pouco é falado sobre como ficam as pacientes que precisam passar por mastectomia, que é a retirada total da mama.
A autoestima da paciente tende a ser afetada e, até então, a principal forma de recuperar o aspecto das mamas era com o uso de próteses de silicone.
Uma técnica relativamente nova, traz esperanças às pacientes. Estou falando do DIEP – acrônimo do inglês Deep Inferior Epigastric Perforator Flap (Retalho da Artéria perfurante da Artéria Epigástrica Inferior).
Você já ouviu falar em retalhos de pele? Na cirurgia da mão e cirurgia plástica, essa é uma técnica que usamos em diversas situações e, como gera bastante dúvidas, hoje venho explicar mais sobre o tema.
Quando realizamos alguns procedimentos, como por exemplo uma reconstrução após a retirada de um tumor, às vezes não é possível fechar o corte com a pele do próprio local. Com o retalho, conseguimos transferir tecido saudável de outra parte do corpo para essa região lesada, que é a área receptora.
Imagine poder reconstruir partes tão pequenas do corpo que somente com os olhos não são possíveis de serem vistas, muito menos não em detalhes suficientes para uma cirurgia.
A microcirurgia é uma técnica que possibilita fazermos isso. E, para quem ainda não sabe, além de ortopedista e cirurgião da mão, eu também sou microcirurgião. Ou seja, também posso realizar cirurgias que vão além dos membros superiores.