Doenças da Articulação Rádio-Ulnar Distal - Guilherme Ogawa

Doenças da Articulação Rádio-Ulnar Distal

12 de dezembro de 2019 by Guilherme Ogawa2
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Talvez lendo o título da minha publicação de hoje você pode estar pensando que vou falar de algo extremamente complicado. Mas, para facilitar, vamos começar entendendo o que é a articulação rádio-ulnar distal. 

Esta articulação, juntamente com a rádio-cárpica, são as articulações do punho e você com certeza já percebeu o quanto ele é importante para os movimentos das mãos. Por isso, hoje vou explicar sobre 3 doenças que podem acometer a articulação rádio-ulnar distal. 

Artrose:

A artrose é o desgaste ou perda  da cartilagem que reveste as nossas articulações e auxilia na prevenção do atrito ósseo, que pode surgir por uma doença inflamatória, como a artrite reumatoide ou uma trauma e degeneração. Quando surge a artrose, tanto cartilagem como ossos são afetados.

Quando o punho é atingido, as dores costumam ser fortes e o paciente deve buscar ajuda médica. 

O tratamento pode ser clínico, com uso de medicamentos anti-inflamatórios ou por infiltração, quando uma substância é aplicada pelo médico diretamente na articulação. Em casos já avançados, o tratamento pode ser cirúrgico.

Em ambos os casos a imobilização pode ser necessária, bem como o acompanhamento com fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional. 

Síndrome do impacto ulno-carpal: 

A síndrome do impacto ulno-carpal é uma alteração degenerativa que surge por conta de uma sobrecarga na região ulnar do punho, a “borda” do punho, que está alinhada ao dedo mindinho.  O principal sintoma é a dor na região, que se intensifica com alguns movimentos. 

Vamos entender como funcionam alguns movimentos, para conseguir compreender o surgimento da síndrome. Chamamos de “complexo da fibrocartilagem triangular” as estruturas de cartilagem do punho. O complexo da fibrocartilagem triangular é formado pela fibrocartilagem triangular propriamente dita, ligamentos ulno-semilunar e ulno-piramidal e expansões do tendão flexor e extensor ulnar do carpo.

Os movimentos que realizamos com o punho exercem uma carga mecânica que são transmitidos em partes (cerca de 18%) por meio da fibrocartilagem triangular. Quando esse valor é maior, chamamos de “variante ulnar positiva”  pois a ulna se apresenta mais longa que o radio. 

Esse esforço pode causar a síndrome do impacto ulno-carpal. 

Para diagnóstico, usamos exames de imagem como radiografia, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética, que irão mostrar o desgaste na região.  Os tratamentos não cirúrgicos incluem uso de órteses e imobilização do punho. Já em casos cirúrgicos, realizamos o encurtamento da ulna, sendo a artroscopia a melhor opção de tratamento, por conseguir tratar também lesões na fibrocartilagem triangular. 

Luxação:

A luxação não é uma doença, mas é algo que causa bastante dor e precisa de intervenção médica.

Definimos luxação como o deslocamento das extremidades de um ou mais ossos de sua articulação. 

No punho geralmente surge com um impacto causado por queda ou pancada. Não é uma fratura, porque o osso não se quebra, mas sim sai do lugar. Os sintomas incluem dor forte, possível inchaço e até alteração física visível na região afetada.

Cada caso é individual, mas o tratamento é voltar o osso ao lugar, podendo ser realizado com ou sem cirurgia. É comum precisarmos indicar fisioterapia para que o paciente recupe as funções das articulações e movimentos. 

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Guilherme Ogawa

Nasci na cidade de Maringá e aos 15 anos me mudei para Londrina com o intuito de completar o ensino médio e me preparar para a faculdade de medicina. Tive o privilégio de me graduar pela Universidade Estadual de Londrina e concluir a especialização em Ortopedia, Cirurgia da Mão e Microcirurgia pela Santa Casa de São Paulo (Pavilhão Fernandinho Simonsen), um dos melhores serviços do país na área, referência nacional em Ortopedia.


2 comments

  • TERESA MARIA DUARTE FRANCHE

    6 de fevereiro de 2022 at 17:27

    Fiz ressonância magnética com o seguinte com resultado: extensa alterações osteodegenerativas na articulação pisotriquetral, cursando com áreas de acometimento da cortical, alterações fibrocísticas e osteítes reacionais, a qual realça pelo meio de contraste paramagnético administrado EV, de presumida natureza sequelar pós-traumática. Fiz infiltração mas, ainda existe inchaço e dor. Qual o procedimento que deve ser tomado nesse diagnóstico?

    Reply

    • Guilherme Ogawa

      17 de fevereiro de 2022 at 15:14

      Olá Teresa. Infelizmente não posso te passar uma conduta aqui pelo site. É importante que o médico que esteja te acompanhando analise os exames solicitados.

      Reply

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Sou médico (CRM/PR 29.657) formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Realizei duas residências médicas: uma destas em Ortopedia e Traumatologia (RQE 24606) e a seguinte em Cirurgia da Mão e Microcirurgia (RQE 24943), ambas realizadas pela Santa Casa de São Paulo.

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