Amputações: como agir? Confira as recomendações. - Guilherme Ogawa

Amputações: como agir? Confira as recomendações.

21 de fevereiro de 2019 by Guilherme Ogawa0
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Você sabe quais são os cuidados que devem ser tomados após um acidente com amputação dos membros (braços, mãos ou dedos)?
Pode ser que você nunca tenha parado para pensar, mas tenho certeza que quem já passou pela situação de ter sofrido um acidente grave como esse ou presenciado algo semelhante com algum amigo gostaria de ter tido a instrução de como agir nessa situação. Por isso, hoje vou abordar esse assunto importante e que tem grande influência no sucesso dos reimplantes.
 
As amputações na maioria das vezes estão associadas a acidentes. No caso de crianças, por exemplo, acidentes com objetos que não deveriam estar ao seu alcance, portas de carros e alguns brinquedos. Já no caso dos adultos, serras, máquinas industriais e também facas podem causar amputações inesperadas.
 
Então, o primeiro alerta é: todo cuidado é pouco! Com crianças sabemos que a supervisão de um adulto é indispensável. E adultos que trabalham com máquinas ou utensílios cortantes devem sempre fazer uso de equipamentos de segurança.
 
Mas e se o acidente acontecer, o que deve ser feito?

 
O primeiro ponto é que mesmo com o susto é preciso tentar manter a calma. Avaliar se a amputação foi completa ou parcial? Quão intenso está o sangramento? Esse tipo de acidente é bastante grave e o paciente e o membro lesionado devem ser levados imediatamente ao hospital, seja por meios próprios ou pelo serviço de resgate.
 
Para evitar danos maiores é preciso estancar o sangramento do amputado. Isso pode ser feito com um pano limpo, pressionando o local o máximo que conseguir. É importante que não se use substâncias no corte até que se chegue no hospital e uma equipe qualificada possa determinar o que será aplicado no local.
 
No momento do acidente a preocupação da maior parte dos pacientes é se os dedos poderão ser reimplantados. Para que nós cirurgiões possamos realizar esse procedimento, é fundamental que o membro ou membros amputados sejam trazidos em boas condições para a cirurgia.
 

Então, lembre-se:

  • Não coloque o membro amputado direto no gelo, isso pode causar queimaduras pelo frio. Ele deve estar em temperatura aproximada de 4°C;
  • Envolva o membro em solução salina (soro fisiológico) e gaze, caso tenha disponível;
  • Coloque em um saco plástico fechado e depois dentro de uma caixa de isopor com gelo para manter a temperatura refrigerada;
  • Busque um hospital o quanto antes.
 
O tempo para a equipe médica é um fator decisivo para o sucesso da cirurgia do paciente. Então é importante tomar todos os cuidados mas também agir de forma rápida
 
Vale ressaltar que existe uma diferença entre reimplantação e revascularização dos membros. A revascularização é a reconstrução das estruturas de um membro que foi parcialmente amputado e possui uma circulação sanguínea ineficiente.
Já o reimplante é a reconstrução de todas as estruturas, de um membro que foi amputado totalmente.
De qualquer maneira, essas duas lesões podem acarretar a perda do membro.
 
Ao dar entrada no hospital a equipe de Cirurgia da Mão avaliará as condições de saúde do paciente, seu histórico e também das condições do membro amputado e decidirá pela melhor abordagem, sempre com o objetivo de não colocar o paciente em risco e oferecer a melhor qualidade de vida pós-cirúrgica, mesmo que isso signifique em alguns casos não reimplantar todos os membros.
 
Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários! E lembre-se: muito cuidado ao manusear serras, facas e guilhotinas. Acidentes com amputações são mais comuns do que parecem.
 
 

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Guilherme Ogawa

Nasci na cidade de Maringá e aos 15 anos me mudei para Londrina com o intuito de completar o ensino médio e me preparar para a faculdade de medicina. Tive o privilégio de me graduar pela Universidade Estadual de Londrina e concluir a especialização em Ortopedia, Cirurgia da Mão e Microcirurgia pela Santa Casa de São Paulo (Pavilhão Fernandinho Simonsen), um dos melhores serviços do país na área, referência nacional em Ortopedia.


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Sou médico (CRM/PR 29.657) formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Realizei duas residências médicas: uma destas em Ortopedia e Traumatologia (RQE 24606) e a seguinte em Cirurgia da Mão e Microcirurgia (RQE 24943), ambas realizadas pela Santa Casa de São Paulo.

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